quinta-feira, 24 de julho de 2025

Apagar as velinhas nunca foi tão fácil


Eu sempre costumava ficar muito ansiosa quando meu aniversário chegava. Eu ainda fico meio ansiosa, agora por outros motivos, como o fato de que metade do ano já passou, mas antes era diferente. O mero pensamento de que eu estava ficando mais velha me parecia algo horrível: ser adulta, sair de casa, pagar boletos, ter responsabilidades, tudo isso parecia um grande filme de terror e agora que eu finalmente cheguei aqui, eu percebi que não é tão ruim quanto eu achava que seria. De fato, eu sempre fui muito dramática, continuo sendo até hoje, então tudo vira um furacão em questão de segundos quando se trata do meu ponto de vista. Minha psiquiatra sempre me perguntou o porquê de eu não querer crescer e eu nunca soube responder ao certo, mas ela concluiu que eu achava que meus pais deixariam de me amar ou algo do tipo. Agora, prestes a fazer 25 em menos de 2 horas, acho que meu medo nunca teve relação com o amor que meus pais sentiam por mim, mas, sim, sobre minha própria identidade. Eu tinha medo de perder minha essência no meio do caminho e me tornar aquilo que eu mais abominava: uma adulta chata. Ok, talvez eu seja meio chata, sim, mas o que eu via como ser chato hoje percebo que é ser responsável. Afinal, a louça vai continuar lá na pia quando eu dormir porque não tem mais ninguém pra lavar ela pra mim e tá tudo bem porque é assim que as coisas funcionam agora. Crescer é costume e acho que eu não queria me acostumar com isso, mas nossa, tantas coisas boas aconteceram comigo depois dos 20 que eu nem poderia imaginava quando tinha 16 anos: acho posso dizer que me curei da depressão (a ansiedade continua aqui, mas controlada), deixei de ser tímida, sei lidar muito melhor com os meus sentimentos, conheci pessoas e lugares incríveis, vou começar meu TCC semestre que vem e finalmente aprendi a assoprar as velinhas sem medo. Por mais que tenham 11 anos de diferença entre a pessoa que escreve essa postagem e a pessoa que criou esse blog, elas são a mesma pessoa e ainda compartilham certas características até hoje: ouvimos kpop, escrevemos fanfics, nos apaixonamos por nerdolinhas, cantamos alto quando estamos sozinhas em casa e adoramos comer um docinho sempre que possível. Espero que meu aniversário seja tão bom quanto o esperado, assim como espero que você tenha um bom final de semana.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Segunda é dia de lavar e secar roupas e se preparar psicologicamente para o resto da semana

 

Faz um tempo desde que as segundas-feiras se tornaram uma extensão dos meus finais de semana. Acho que essa era uma das principais vantagens que eu vi em estudar numa federal: conseguir montar os horários que eu quero (na medida do possível) e deixar mais dias livres. Lembro que num semestre botei todas as cadeiras em 2 dias, então eu tinha aula na quarta e na quinta o dia todo enquanto os demais dias eram livres. Na época isso ainda era viável, já que estávamos no meio de uma pandemia e todas as minhas aulas eram online, mas na prática ter aula manhã, tarde e noite presencialmente no mesmo dia é bem puxado e eu não tenho cabeça pra tanta convivência. Normalmente, passo as segundas lavando e secando roupa, além de consultar com a psicóloga a cada 14 dias (finalmente diminuí a frequência das consultas depois de quase 8 anos). Inclusive, desde o ano passado parei de tomar os remédios, mas não nego que foi um desafio já que minha psiquiatra tomou essa decisão poucas dias antes do início das enchentes no RS quando eu ainda estava em Porto Alegre. Foi difícil lidar com tantas coisas estando recém desmamada dos antidepressivos. Na verdade, ainda é difícil lidar com tantas coisas, mas costumo conseguir faz isso sozinha. Por mais que eu sinta que os quase 8 anos de terapia me ajudaram muito em inúmeras questões, principalmente a timidez, a insegurança, a ansiedade e derivados, sinto que novos problemas surgiram e ainda não aprendi a resolvê-los sozinha, mas isso são assuntos para uma consulta mais especializada do que uma postagem nesse blog. Tenho alguns eventos marcados para essa semana, como a banca de TCC de uma amiga na quinta, a extensão de dança na sexta e uma feirinha gráfica no sábado. Espero conseguir comparecer em todos os meus compromissos, assim como espero que você tenha uma boa semana.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Aos 14 eu não imaginava: uma lista por Theri Bomb

1. Que moraria com uma amiga e um poodle em Porto Alegre há 2 anos.
2. Que eu conseguiria namorar outra pessoa depois de terminar um relacionamento.
3. Que alguns amores não duram para sempre e tá tudo bem.
4. Que eu começaria um TCC daqui a pouco.
5. Que finalmente entenderia o porquê de eu me sentir meio esquisita em relação a relacionamentos românticos e sexuais (era só a assexualidade).
6. Que eu pararia de pensar "naquilo".
7. Que eu sairia do Rio Grande do Sul sozinha...
8. E viajaria de avião sozinha...
9. E odiaria isso (turbulência é horrível).
10. Que eu seria minimamente estilosa (e que comprar roupas em brechó é demais).
11. Que meu cabelo não era feio, ele só não tinha uma finalização adequada.
13. Que eu botaria um piercing.
14. Que crescer não é tão ruim assim.
15. Que esse espacinho ainda existe e segue sendo atualizado quando dá na telha.
Aqui jaz uma listinha nostálgica porque parei para pensar que o Indie foi criado em 2014 e a Katherine de 14 anos nunca imaginaria tudo o que aconteceu até agora, mas definitivamente ela me acharia muito estilosa, bonitinha e fofoqueira.