Hoje eu fui à psiquiatra. A consulta era em Porto Alegre, às dez e quarenta da manhã, fato que me fez acordar às oito da manhã de uma sexta-feira com a mínima vontade de ir ao médico. Eu e meus pais pegamos o ônibus às nove e quinze, e lá fomos nós em direção à capital. Chegamos lá era em torno de umas dez horas. Eu e meu pai fomos ao médico enquanto minha mãe foi trabalhar. Não sou muito fã de consultas médicas, mas eu gosto de ir à psiquiatra. Conversamos sobre tudo o que aconteceu nos últimos três meses. A minha formatura, o fim do meu relacionamento, o começo de outro, o sentimento de que estou fazendo algo errado ao gostar de uma garota; falamos sobre tudo isso. Ela diz que tenho esse sentimento de que algo está errado porque relações homoafetivas ainda não são vistas como algo completamente "normal" pela sociedade e que o pior preconceito que podemos ter é com nós mesmos. Isso fez com que eu pensasse que, mesmo depois de ter me assumido como bissexual para os meus pais há quase quatro anos, a única pessoa que ainda não aceita isso sou eu mesma. E acho que ainda vai demorar um pouco para eu digerir de vez o fato de que gosto de meninas. Mesmo tendo me descoberto aos quinze anos, sinto que a bissexualidade ainda é algo novo para mim. É algo na qual eu ainda não sei por completo, mas mesmo assim não gosto de ouvir certos comentários sobre minha sexualidade, como o fato de que é "mais fácil" eu me relacionar com alguém porque eu tenho o dobro de opções, ou que bissexuais não são confiáveis para manter um relacionamento. Acho que o B do LGBTQ+ ainda não têm tanta visibilidade quanto deveria. Por outro lado, fui direto do centro de Porto Alegre para o centro da minha cidade e acabei almoçando por lá. Comi um copo médio de coxinhas de frango, queijo e carne. Fiz meu caminho até a psicóloga na companhia de um copo cheio de coxinhas. Chegando lá, esperei uns dez minutinhos e entrei na bendita sala branca na qual faço terapia. Falei para ela que eu tinha ido à psiquiatra de manhã, sem ignorar o fato dela ter comentado que daqui alguns meses poderíamos diminuir as doses dos meus medicamentos, e contei as novidades da semana: falei sobre a vaga de auxiliar de biblioteca da Cesuca e sobre a impressão que eu tinha de que não tínhamos nada para conversar, já que minha vida andava totalmente parada. No final, acabamos jogando UNO enquanto conversávamos. Depois, saí do consultório e fui à loja da amiga da minha mãe, pois eu estava com saudades de passar minhas tardes lá, então por que não fazer uma visita? Acabei encontrando uma outra amiga minha lá e passamos um bom tempo conversando sobre a vida e tudo mais. Final da história: cheguei lá duas e meia e só saí de lá às cinco. A amiga da minha mãe me trouxe em casa. Quando cheguei, lavei a louça da pia enquanto ouvia música (cantarolei minha playlist do Youtube composta inicialmente por Devilish do Chase Atlantic, Talking Body da Tove Lo, Counting Stars do OneRepublic e Youngblood do 5 Seconds Of Summer) e, após minha mãe ter chegado, dei comida para os seres de quatro patas na qual divido o teto. Ah, outra novidade: criei um brechó no Instagram. Ele se chama Old Alaska. Por enquanto, só postei três peças, mas pretendo garimpar mais roupas por aí para vender. Bom, essas foram as novidades do meu mundinho. Muito obrigada a você que leu até aqui. Espero que você esteja tendo um bom final de semana.
oi, Kathhi! ♡
ResponderExcluireu preciso dizer: eu adoro ler seu blog e sentir esse tom de conversa dos textos aaaa ♡
eu só fui numa psiquiatra uma vez, e nem conversamos muito. queria ter tido uma experiência... melhor, sabe? fico feliz de você ter encontrado uma profissional boa
desejo todo o amor e compreensão própria do mundo a ti aa ♡ e é tão bom reencontrar amigos aleatoriamente e ter essas conversas longas sobre tudo;;
boa sorte com o seu brechó! eu adorei todas as peças lá e espero que você ganhe bastante público;
beijosss! ♡
(você me viciou em chase atlantic socorro)
Olá, Mari! ♡
ExcluirPreciso confessar que eu também adore ler teu blog. É um post mais gostosinho de ler do que o outro. Impossível não amar.
Acho que toda vez que eu vou à psiquiatra eu faço um breve resumo das coisas que eu considero mais importante que aconteceram nos últimos meses e, infelizmente, eu sempre acabo esquecendo de contar alguma coisa. Dessa vez eu esqueci de falar para ela sobre o brechó.
Te desejo tudo do bom e do melhor pra ti, Mari. Tu é alguém fantástico que merece tudo de bom na vida.
E obrigada! Já fiz minha primeira venda no brechó, mas foi para a minha prima, o que não tem muita graça, mas foi uma venda ;3.
Beijos!
(Missão: Viciar dona Marie em Chase Atlantic concluída com sucesso)