O guia dos quarenteners da Via-Láctea

Começando essa postagem com um título que é uma clara referência a um dos livros que pretendo terminar de ler nessa quarentena (caso você não tenha pego a referência: O Guia do Mochileiro das Galáxias, do Douglas Adams), para a nossa alegria, nosso adorado Together veio complementar nossos dias de tédio com três temas e eu, como (quase) sempre, estou fazendo a postagem no final do mês por motivos de procrastinação e preguiça. É meio bobo reafirmar meu amor por listas porque só esse mês eu postei duas listas aqui e parece loucura pensar que ainda tenho muitas coisas para listar, mas, por enquanto, resolvi listar algumas coisas que podem seriamente servir como guia para os quarenteners dessa galáxia.

Como indicação de álbum, eu preciso falar de CALM, que eu estou ouvindo nesse exato momento. Eu pensava seriamente que eles não conseguiriam me surpreender mais do que surpreenderam com Youngblood (que era meu álbum preferido), mas sabe quando aquele artista lança aquele álbum que não tem nenhuma música ruim? Me dá um quentinho no coração ver o quão eles evoluíram nos últimos anos e eu sinto muito orgulho do que eles se tornaram. Ainda não consegui ouvir todas as músicas (estou ouvindo Best Years), mas por enquanto minhas preferidas são Easier e Old Me, mesmo que eu tenha adorado todas as músicas que ouvi até agora.

Uma indicação de filme que eu acho que vale muito a pena é O serviço de entregas da Kiki, que eu vi semana passada. Eu falava horrores desse filme para o meu namorado e ele me marcou até em um meme com uma fotinho do filme naquelas páginas de desenhos no Facebook, mas eu nunca tinha visto de vez. Foi o primeiro filme do Studio Ghibli que eu assisti e ele é só amor. Me identifiquei demais com a personagem e agora estou querendo um gatinho preto para chamar de Jiji, mesmo que eu seja alérgica a felinos e tenha 9 doguinhos. As sensações transmitidas pela trilha sonora e o traço dos cenários são maravilhosos. Acho que me apaixonei.

Eu gosto muito de shoujo, mas um dos meus preferidos é Wotakoi: o amor é difícil para otakus. Eu comecei a ler o mangá sabendo através de uma amiga minha da existência do anime, mas até agora eu só olhei uns trechinhos no Youtube e encontrei várias semelhanças com a obra. Basicamente, relata os feitos e desfeitos de um grupo de otakus que trabalham e tudo mais, mas ainda tem tempo livre para ler boys love, jogar vídeo-game, fazer cosplay e, claro, se apaixonar sempre que possível. É uma história bem leve, com situações puxadas para um lado meio cômico e relatos do passado que complementam muito bem a história. Só tenho elogios às edições lançadas pela Panini até agora (por mais que eu só tenha comprado até a 5ª edição). Eu achei o preço bem em conta (R$16,90), os lançamentos são bimestrais (por mais que só tenha lançado até a 8ª edição no Japão) e eu adorei os cartões dos personagens que "vem de presente".

Eu não falei sobre Noite em claro por aqui, mas falei no Old Alaska e até postei um protótipo de resenha por lá falando um pouco sobre o livro, mas ele realmente mexeu muito comigo, sabe? Tem um trecho dele que eu incluí na postagem que diz: "Não era mais paixão, nem necessidade, nem costume, era apenas um homem e uma mulher que feito dois vira-latas reconheciam o cheiro um do outro e sabiam o que deveriam fazer — e faziam — sem precisar sorrir, conversar, trocar ideias, sair para jantar, essas preliminares que introduze todas as relações decentes." e isso me fez repensar sobre todos os tipos de relações que já tive, fossem elas saudáveis ou não, e a frequência como a gente se doa sem necessidade. Acho que esse é um livro feito para pensar, sabe? Porque as palavras da Martha, pelo menos em mim, incomodam a ponto de fazer pensar e eu penso seriamente que esse é o objetivo dela. É um livro bem curtinho e dá para ler em uma tacada só porque ele tem 64 páginas. É literalmente um livrinho.

Durante a quarentena, eu descobri a existência desses canais que falam sobre a vida, o espaço e tudo mais de um jeito bem simples, o que acabou se tornando um vício e um dos meus preferidos é o do Matosu. Eu gosto do modo como ele debate e expõe suas ideias e acho que um dos meus vídeos preferidos dele (e, se eu não me engano, foi o primeiro vídeo que vi dele) foi o Não seja a garota do lo-fi hip hop, que me fez repensar sobre o tempo em que eu me matava de estudar e muita gente me dizia que isso não era saudável e, sabe, esse vídeo me abriu os olhos em relação ao assunto e acho que todos nós deveríamos valorizar nossa saúde mental acima dos estudos.

Infelizmente não tenho tantas indicações quanto gostaria, mas espero que tenha conseguido ajudá-los (mesmo que minimamente) a sair do tédio dessa quarentena. Não esqueçam de lavar as mãos sempre que possível e usar máscara caso saiam para a rua. Espero que você esteja bem, assim como espero que você esteja tendo uma boa semana.